Universo de Vida

Wednesday, February 07, 2007

Espécies introduzidas no nosso país



Existe uma diferença entre as espécies introduzidas, consoante o seu "grau" de adaptação ao meio, podendo estas ser: exóticas ou alóctones (que não são indígenas/autóctones de uma dada área) ou invasoras (que também não são autóctones dum determinado sítio, mas que dada a sua proliferação descontrolada, atingem as proporções de praga).
A maior causa de introdução de novas espécies é a intervenção humana, visto que por ela muitas das espécies actualmente existentes apresentam uma área de distribuição que não foi a determinada inicialmente.

Para este trabalho escolhi a:


Accacia melanoxila (acácia ou mais conhecida por mimosa)

Esta espécies de Acácia, uma árvore também muito conhecida por mimosa, que está presente um pouco por todo o lado apresentando umas pequenas flores amarelas com um perfume muito agradável. As suas flores fazem lembrar um cacho, com pequenos globos amarelos lustroso, muito aromáticos, sendo uma árvore que tolera bem a secura.




Existem muitas outras espécies de Acácia, também elas significativas. Esta espécie é nativa das florestas tropicais do Sudeste da Austrália e da Tasmânia. No entanto, tem sido disseminada pelo resto do globo, sobretudo devido ao seu valor ornamental e ao valor da sua madeira negra.




Foi introduzida em Portugal, pelos Serviços Florestais, cerca do século XIX, nas Zonas do Litoral Português e em Parques Naturais.


Neste momento é considerada uma praga, pois está bastante generalizada por todo o nosso país.


Esta espécie produz elevadas proporções de sementes e, entre Dezembro e Março, a população pode recrutar elevados números de indivíduos com a germinação das sementes. Estas sementes podem manter-se viáveis até Agosto/Setembro, caso não germinem antes. Também recorre à germinação vegetativa a partir de rebentos de raízes expostas ou a partir das toiças. A acácia rebenta abundantemente a partir das raízes.




Nas zonas próximas do mar, foi introduzida com o objectivo de consolidar e estabilizar dunas, e nos Parques Naturais a causa de introdução foi ser sebe de protecção das culturas. Estas causas de introdução devem ser as únicas vantagens de se inserir este tipo de espécies num certo meio, já que a sua expansão causa a perda de diversidade florestal dos ecossistemas e é responsável pela monotonia estrutural destes, o que faz com que a riqueza natural seja reduzida e se origine um acentuado desequilíbrio ecológico. Posso ainda salientar que, a infestação de acácias é maior junto às estradas, caminhos e terrenos de culturas, e em zonas que foram anteriormente atingidas pelo fogo, de tal modo que não é estranho encontrá-las em qualquer lado.
É uma invasora muito difícil de controlar, não só por a sua propagação ser estimulada pelo fogo, altura em que destrói as outras espécies, mas também porque reage muito bem a outros distúrbios.




Desta forma, a queima não é uma solução para o controlo das acácias, e o mesmo se aplica ao corte, porque volta a rebentar utilizando a reprodução vegetativa. É bastante tolerante à sombra, mas a promoção de sombra com outras espécies pode ser uma solução a médio prazo.


Quanto aos meios de luta para combater esta espécie, podem ser o corte das árvores, no entanto, e apesar deste meio já ter sido testado, a melhor hipótese parece ser evitar a sua plantação. Mas mesmo assim, não deixa de ser uma medida um pouco utópica, já que a espécie se auto-propaga em larga escala e "não olha" a meios para se expandir.

Que medidas já foram ou estão a ser tomadas?

Até 1999 a legislação nacional relativa à introdução na Natureza de espécies da flora e da fauna era insuficiente e muito fragmentada. Por exemplo, foi elaborado um Decreto-Lei para regulamentar a introdução de Jacinto Aquático em Portugal em 1974 que não teve qualquer resultado. Isto porque não existia fiscalização e as pessoas que as distribuíam a planta não sabiam da existência de tal decreto. Muitas vezes são os próprios nomes taxonómicos das espécies que estão errados, o que leva a que as pessoas não tenham conhecimento das espécies que introduzem.
Contudo e apesar de já ser um bom começo, este decreto admite ainda algumas lacunas.. É baseado e foi pesquisado em obras com mais de 16 anos, o que indica que alguns taxons podem já estar desactualizados.

Muitas vezes, na praia ou mesmo em jardins foram observados espécies que nos parecem ser muito bonitas, mas causam graves danos no ecossistema e impedem o desenvolvimento das espécies autóctones.
Assim sendo, a perda de biodiversidade é, em grande parte, devida à introdução de espécies exóticas, pois as espécies nativas competem com as introduzidas, somente sobrevivendo as mais aptas.
Taxonomia
A Acácia-Austrália (Acacia melanoxylon), é uma angiospérmica, dicotiledónea, nativa da Austrália e da Tasmânia. Pertence à Ordem das Rosales, Família das Fabaceae (Leguminoseae). É uma mimosa do Género Acacia.

2 Comments:

At 10:03 AM, Blogger mArGaRiDa said...

ola, o teu trabalho é muito interessante, mostras todos o pontos em geral falados nas aulas.. e também a taxonomia, apesar de eu não ter percebido muito bem..bom trabalho

 
At 9:54 AM, Blogger Unknown said...

eu tive de faer um trabalho de escola sobre planta e ou nimais introduzidos foi quando vi o seu trabalho
adore!
varios sites fala coisas totalmemte sem noçao
parabens,
bjus,
obrigada!

 

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