Universo de Vida

Friday, June 08, 2007

Lua poderá ser fonte de energia para a Terra


Um gás encontrado na Lua pode ser a chave para futuras fontes de energia na Terra. Esta conclusão foi anunciada após um encontro de cientistas na Índia.



Um gás encontrado na Lua pode ser a chave para futuras fontes de energia na Terra. Esta conclusão foi anunciada após um encontro de cientistas na Índia.
Numa época em que muito se tem falado sobre o esgotamento de combustíveis fósseis, como o petróleo, foi descoberto que a Lua poderá ser uma fonte de energia preciosa para a Terra.De acordo com especialistas, esta possibilidade deve-se à descoberta de amostras de minerais lunares com um elevado teor de hélio 3, um gás que, em combinação com o deutério, poderá produzir grandes quantidades de energia.«Comparativamente com a Terra, a Lua possui uma enorme quantidade de hélio 3», afirmou Lawrence Taylor, director do
Instituto Americano das Geociências Planetárias.«Quando o hélio 3 se mistura com o deutério, a reacção de fusão produz-se a uma temperatura muito elevada e pode gerar quantidades consideráveis de energia», explicou.«Apenas 25 toneladas de hélio, que se podem transportar num vaivém espacial, seriam o suficiente para fornecer electricidade aos Estados Unidos durante um ano», precisou o cientista na Conferência Internacional sobre a Exploração e Utilização da Lua, realizada em Udaipur, na Índia.O referido gás concentra-se junto ao manto de poeira que cobre o solo lunar, com uma espessura de cerca de cinco metros.No entanto, as coisas tornam-se mais complicadas do que parecem. Para extrair hélio 3 do solo lunar é necessário aquecer as rochas a 800 graus centígrados, e para produzir uma tonelada desse gás são necessários 200 milhões de toneladas de solo lunar, explicou Lawrence Taylor.A dificuldade deste processo está no facto de a tecnologia de fusão estar ainda a dar os primeiros passos. «Estamos ainda na fase do laboratório. Ao ritmo actual, serão precisos 30 anos para tornar a tecnologia mais viável», lamentou.Enquanto isso, os cientistas pensam que é preciso fazer um recenseamento das reservas de hélio da Lua, «para estarmos prontos e dispormos de informações precisas quando a tecnologia dos reactores estiver a funcionar», afirmou D.J. Lawrence, do Laboratório de Los Álamos, nos Estados Unidos, que acrescentou que este método «pode realmente ser usado no futuro como uma fonte de energia segura. Não se trata de ficção científica».Lawrence Taylor lamentou não existirem ainda fundos disponíveis para este tipo de projecto nos Estados Unidos, quando se sabe que, «até 2050, o mundo terá um sério problema», com o esgotamento dos recursos de gás e petróleo.



Fonte: www.ciberia.pt

Óleo de girassol pode abastecer carros e casas

Cientistas britânicos adescoberto uma nova forma de abastecer carros e casas.firmam ter


Trata-se de um óleo de girassol, normalmente utilizado para cozinhados.
Durante uma apresentação feita aos membros da American Chemical Society, na Filadélfia, investigadores universitários afirmam que este popular óleo vegetal pode facilmente ser usado para fazer hidrogénio, necessário para desenvolver células de combustível, uma promissora fonte de energia alternativa. Para tal apenas se teria de recorrer ao óleo, ar e vapor de água.O objectivo é conseguir que o hidrogénio, considerado por muitos o combustível do futuro, já que produz electricidade sem emissões danosas ao meio-ambiente,possa ser utilizado tanto em motores de automóveis como noutros instrumentos, como baterias e lanternas.A maioria dos métodos de produção de hidrogénio envolve o uso de petróleo ou gás e, cada um deles, criam diversos problemas ecológicos. Segundo os investigadores britânicos, para além deste método não afectar o ambiente, pode trazer imensas vantagens a nível de custos.Os cientistas ingleses acreditam ainda que as células de combustível podem tornar-se indispensáveis na produção de combustível não poluente, substituindo assim fontes extremamente caras como o petróleo. Da mesma forma, os ambientalistas afirmam que o investimento na tecnologia das células de combustível pode provocar incríveis alterações na poluição do ar.Muitos países estão já a usar este método. No entanto há alguns factores que estão a limitar o seu crescimento. Se por si só o hidrogénio é uma excelente opção de combustível "limpo", há um grande problema a ser vencido para se chegar até ele. Até agora, a grande maioria dos métodos de produção do hidrogénio resultam em algum tipo de poluição, com emissões de monóxido de carbono e óxido de nitrogénio, por exemplo. O sistema de dois catalisadores criado pelos investigadores britânicos está a tentar resolver o problema. No entanto, ainda devem demorar alguns 10 a 20 anos até que este método seja utilizado na totalidade.



Aproveitar o sol num país de sol

Portugal é 2º país da União Europeia com maior dependência externa em termos de abastecimento energético, tendo importado durante toda a década de 90 mais de 85% da energia que consumiu. Para além da factura correspondente, a segurança de abastecimento,que pode a todo o momento ser posta em causa,e o tipo de combustível de que dependemos, tornam esta situação insustentável por muito mais tempo, se realmente quisermos fazer parte do conjunto de economias evoluídas e seguras.
Esta forte dependência dos combustíveis de origem fóssil, aliada a uma elevada taxa de crescimento no consumo de energia final está a dificultar o cumprimento por parte de Portugal de alguns dos compromissos internacionais que assumiu com é o caso do Protocolo de Quioto, que obriga a que em 2012 não ultrapassemos 27% das emissões de dióxido de carbono (CO2) ocorridas em 1990. Este objectivo está a ser seriamente posto em causa pela evolução mais recente dessas emissões uma vez que aquele patamar já foi entretanto ultrapassado. Na década passada, o aumento mais significativo em termos de emissões ocorreu no sector dos transportes (68%) seguido pelo sector doméstico/serviços (31%). Neste último as tecnologias de aproveitamento da energia solar podem ser facilmente introduzidas, contribuindo para a alteração desta situação.
A abundância de recurso solar em Portugal não tem paralelo na Europa, uma vez que apenas os outros países Mediterrânicos se aproximam do elevado patamar em que nos encontramos em termos de número anual de horas de sol (mais de 3000 horas nalgumas áreas). Este recurso em conjunto com os outros recursos renováveis, onde se inclui a grande hídrica, podem contribuir fortemente para a diminuição da nossa dependência num valor que sem muito esforço pode chegar aos 29% do consumo de energia final.
Fontes: quercos

Thursday, June 07, 2007

15 razões para NÃO se optar pela energia nuclear em Portugal






1. Portugal tem uma enorme oportunidade na conservação de energia e eficiência energética. As previsões de aumento em 350% do consumo de electricidade entre 1990 e 2020 são um erro tremendo em relação àquilo que está a ser desenvolvido em vários países Europeus, onde a intensidade energética (energia consumida por produto interno bruto) tem vindo a diminuir e o consumo per capita estabilizou. Existem várias centrais térmicas, nomeadamente um eventual caso de uma central nuclear, que não se justificam pelo enorme potencial da eficiência energética e conservação de energia, nomeadamente nos sectores residencial e serviços. O consumo de electricidade em Portugal tem vindo a aumentar na ordem dos 6% ao ano, não sendo já argumento o nosso baixo grau de desenvolvimento. Temos estado a crescer mal e com muitos desperdícios.A correcção deste caminho permite perfeitamente melhorar a qualidade de vida com menor consumo de energia e menor poluição, desde a electricidade à dependência do petróleo em sectores como os transportes.

2. O potencial de implementação das energias renováveis em Portugal é enorme. As energias renováveis têm um enorme potencial em termos de expansão no nosso país, em particular a energia eólica, biomassa e solar, sendo que a hídrica já apresenta níveis de exploração bastante consideráveis. Quer pela produção directa de electricidade, quer pela produção de calor, Portugal felizmente apresenta condições climáticas e de uso do território que permitem a sua afirmação em termos tecnológicos e em consonância com metas estabelecidas na União Europeia que, para 2010, e para Portugal, será de 39% de energias renováveis na produção de electricidade, mas com percentagens crescentes para os anos seguintes.

3. A energia nuclear serve para produzir electricidade e esta representa apenas cerca de 20% do consumo de energia final do país Uma central térmica recorrendo a combustível nuclear apenas consegue produzir electricidade. A dependência de Portugal face aos combustíveis fósseis, nomeadamente em relação ao petróleo, está directamente relacionada com outros usos da energia em sectores como os transportes e a indústria. A instalação de uma central nuclear não resolve assim os problemas energéticos estruturais de Portugal, que passam muito mais por medidas integradas associadas ao ordenamento do território e às actividades produtivas do país.

4. A energia nuclear é muito mais cara. A produção de energia nuclear é das mais dispendiosas, contrariamente ao que é habitualmente comunicado aos cidadãos. O contemplar dos custos de construção e de desmantelamento face ao período de vida da central, faz com que apenas o solar fotovoltaico apresente valores mais elevados, valores estes que no entanto tendem a reduzir-se por efeitos de economia de escala face à sua cada vez maior expressão.

5. A falácia da produção limpa em termos de emissões de gases de efeito de estufa. Contrariamente ao que se anuncia, a produção de energia através de centrais nucleares não é isenta em termos de emissões de gases de efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas. A sua construção é uma importante fonte de emissões, mas principalmente a exploração do urânio e também o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem, acabam por contribuir significativamente.Os níveis calculados de emissão em termos de ciclo de vida colocam uma central nuclear numa situação pior que uma central a gás natural.

6. Segurança de abastecimento comprometida - Potencialidade de descentralização oferecida pelas energias renováveis é contrariada por uma central nuclear. A segurança de abastecimento é um dos aspectos mais relevantes no sentido de evitar problemas como os blackouts que sucederam na costa Oeste dos Estados Unidos em 2000/2001 ou no Brasil, ou ameaças externas como o bloqueio e o fornecimento de determinados tipos de combustível (como sucedeu recentemente nos problemas entre a Rússia e a Ucrânia). Neste quadro, tem sido defendida uma cada vez maior descentralização da produção que, no limite, será baseada em energias renováveis associadas às próprias residências e serviços, até porque desta forma existem menos perdas no transporte. Neste sentido, uma forma de produção centralizada com uma enorme potência instalada contradiz objectivos de longo prazo que têm vindo a ser reforçados à escala europeia e num quadro de maior sustentabilidade da gestão da produção e consumo de electricidade.

7. A energia nuclear só é viável à custa de enormes subsídios governamentais – Portugal apoia muito mais investigação no nuclear que na conservação de energia e renováveis. A produção de energia nuclear continua a beneficiar de fortes subsídios públicos ao abrigo do Tratado Euratom. Ao longo dos últimos 30 anos, a tecnologia nuclear foi brindada com cerca de 60 biliões de Euros para investigação, um valor muito superior ao atribuído a qualquer outra fonte de energia. Por outro lado, a industria nuclear continua a reclamar subsídios para a gestão dos resíduos radioactivos produzidos pelas centrais. Portugal também não faz os investimentos certos em investigação e desenvolvimento na área de energia: o nuclear recebe 110 vezes mais do que a conservação de energia e 7 vezes mais do que as renováveis. De acordo com a Agência Internacional de Energia, Portugal destinou, em 2004, 2,2 milhões de euros para investigação na fusão nuclear enquanto que apenas dedicou 0,32 milhões de euros para energias renováveis e 0,02 milhões para a conservação de energia e apenas no sector industrial. Em causa está a fraquíssima prioridade dada à conservação de energia e eficiência energética e também às energias renováveis.

8. Portugal ficará dependente de tecnologia importada e cara; é mais uma dependência, neste caso perigosa, de outros países Não existe experiência em Portugal de construção ou manutenção de centrais nucleares, uma vez que essa nunca foi uma opção, mesmo quando outros países enveredaram por essa forma de produzir energia. Neste contexto, as mais importantes valias económicas do projecto serão para os países e empresas dos mesmos que têm experiência nestas tecnologias e não para Portugal. Ter uma central nuclear com tecnologia importada que ainda por cima se anuncia como experimental, é um risco demasiado elevado a correr.

9. Cenários oficiais mostram que a Europa não aposta no nuclear e Portugal iria estar em contra-ciclo
Na Europa estão apenas em construção duas centrais: a central de Olkiluoto-3 na Finlândia, cujas condições de financiamento passam por uma subsidiação indirecta pela taxa de juro muito abaixo do mercado, providenciada por instituições francesas e alemãs e que não sedeverá vir a repetir, nomeadamente face às novas directrizes de transparência no financiamento do mercado energético na União Europeia,e a central de Cernavoda na Roménia, cuja construção se iniciou ainda no regime comunista, foi suspensa e recomeçada alguns anos depois. O cenário oficial da União Europeia em termos energéticos (modelo PRIMES) de Novembro de 2005 apresenta uma redução da produção de electricidade por centrais nucleares 0,8% ao ano entre 2010 e 2030.

10. Longevidade dos resíduos e herança para as gerações futuras A longevidade dos resíduos nucleares estima-se em dezenas a centenas de milhares de anos. Será justo delegar nas gerações futuras a resolução de um problema que, nos cerca de cinquenta anos de existênciada indústria nuclear, ainda não conheceu qualquer evolução no sentido de poderem ser tratados sem impactos para as gerações presentese futuras? Ainda na passada semana o responsável pelo depósito de resíduos nucleares dos Estados Unidos referiu que, para o projecto previsto para a Montanha de Yuccan, não se consegue ainda afirmar um prazo de conclusão nem um custo final que, no entanto, deverá ser muito elevado. Esta questão é ainda mais premente quando se prevê que as reservas de urânio não durem mais do que algumas décadas, o que implica que as gerações futuras teriam que encontrar outra solução para a produção da sua energia (resolvendo um problema que os governos actuais não tiveram a coragem e empenho para resolver), ficando com o ónus de lidar com os resíduos que nós produzimos por muitos milhares de anos.

11. Riscos associados ao transporte e armazenamento dos resíduos nucleares. Uma vez que o reprocessamento dos resíduos nucleares, componente que pode ter maior ou menor peso dependendo do tipo de central, não ocorreria em Portugal, o seu transporte poderia acarretar riscos acrescidos para as populações e o ambiente por onde passasse, bem como nos locais onde fosse armazenado.

12. A construção de uma central nuclear em Portugal levaria cerca de 10a 15 anos até que pudesse estar operacional em termos de fornecimento de energia eléctrica. Por essa altura, Portugal já terá que ter tomado as medidas certas no sentido de acertar o passo com as reduções de emissões de gases com efeito de estufa previstas, sob pena de condenarmos o país à estagnação ou retrocesso económico e social, pelo que esta solução em nada contribui para a resolução do problema.

13. Custo de desmantelamento das centrais e suas consequências ainda não estão suficientemente avaliados. O custo do processo de desmantelamento é geralmente estimado por baixo em relação à realidade. Estamos porém a falar de valores de muitas dezenas de milhões de euros. No âmbito do processo de desmantelamento, muitos dos elementos de uma central nuclear têm obrigatoriamente que ser tratados como resíduos nucleares, o que implica custos elevadíssimos de desmantelamento. A experiência nesta matéria é também ainda relativamente reduzida a nível mundial e como já se mencionou, em países com uma forte indústria nuclear como os Estados Unidos, o problema ainda está longe de ter resolução.

14. As centrais nucleares tendem a ser encaradas como casos especiais, mesmo em países democráticos, sendo difícil ter acesso a informação concreta sempre que há algum problema. Para além disso, com a produção do plutónio que resulta do processamento dos resíduos decorrentes da produção de energia, estimula-se a produção de mais armas nucleares com fins militares, alimentando a indústria da guerra a nível mundial. Existem vários documentos que comprovam que, por exemplo no Reino Unido, o ataque a centrais nucleares por parte de células terroristas foi considerado. A instalação de uma central em território português iria aumentar o risco de Portugal poder ser vítima de um atentado que poderia ter consequências desastrosas em termos ambientais, sociais e económicos. Os custos com a segurança em qualquer central são avassaladores e tendem a aumentar.

15. Dificuldade em encontrar uma localização . Considerando as suas necessidades específicas, nomeadamente ao nível da disponibilidade de uma fonte de água abundante e factores de segurança como a necessidade de evitar zonas de maior actividade sísmica, e tendo em conta a exiguidade do território português, a definição e aceitação da localização de uma central nuclear seria uma tarefa muito difícil.


Fontes: quercos

Crise energética e alternativas para Portugal



Portugal é dos países da União Europeia que mais aumentou o consumo energético per capita. Para produzir uma mesma unidade de riqueza, em Portugal gasta-se actualmente mais 12% em termos energéticos do que se gastava em 1991.

Aumentámos principalmente os nossos valores energéticos no sector doméstico e também no sector dos transportes. Estes dados tornam visivel que em termos de poupança e eficiência energética o nosso país vai exactamente no caminho inverso àquele que seria necessário concretizar para beneficiarmos em termos económicos e ambientais.
Esta consequência da ausência de uma estratégia para a energia, baseada na maior eficiência, tem consequências profundamente gravosas a diversos níveis.
Desde logo, temos obrigações, decorrentes do acordo de partilha de responsabilidades com vista ao cumprimento do protocolo de Quioto, que nos obriga a não aumentar em mais de 27% as nossas emissões de gases com efeito de estufa (onde o CO2 tem um papel muito significativo, e consequentemente todo o sector dos transportes) até aos anos de 2008 a 2012, com valores de referência de 1990. Só para termos uma ideia, hoje em dia já aumentámos essas emissões em mais de 40%.

Este deslize de valores deve-se fundamentalmente à irresponsabilidade dos sucessivos Governos na adopção de medidas internas com o objectivo directo de diminuição de emissão de gases com efeito de estufa. O que esperar a partir daqui? Ou Portugal embarca no comércio de emissões, com vista a adquirir no estrangeiro quotas para poder poluir mais (o que vai custar caro ao bolso dos portugueses, na medida em que a tonelada de CO2 se situa já perto dos 30€) ou Portugal se obriga a fazer investimentos limpos em países em desenvolvimento; ou então está sujeito a pagar pesadas multas pelo incumprimento das suas obrigações internacionais. Isto é, em qualquer dos casos a opção cairá sempre em investir lá fora o que nunca se investiu cá dentro, e ao mesmo tempo continuar a poluir mais e mais, comprando licenças para poluir. Esta estratégia é profundamente condenável.
Por outro lado, o nosso país depende em quase 90% do exterior em termos energéticos, e dentro desse valor dependemos em cerca de 60% do petróleo. Aqui está uma dependência que nos torna vítimas incontornáveis da crise do petróleo a que se tem vindo a assistir, e que é bem demonstrativa da irresponsabilidade e incompetência dos Governos em relação ao sector energético.

Que solução? O que “Os Verdes” entendem é que para além de uma estratégia absolutamente necessária tendente a diminuir os nossos gastos energéticos, seja no sector dos transportes, como no sector doméstico, como no sector industrial como noutros sectores, é fundamental que Portugal desenvolva uma forte aposta no aumento do uso de um leque variado de fontes de energia renováveis endógenas, nomeadamente as eólica, solar, de marés, geotérmica e biomassa, garantindo a promoção destas fontes de energia por forma a torná-las competitivas e acessíveis. Os incentivos fiscais e a canalização de uma fracção do imposto sobre os produtos petrolíferos nestas vertentes são mecanismos importantes a implementar.

Estes serão os únicos caminhos sustentáveis para conseguirmos tornar-nos menos dependentes do petróleo e para conseguirmos cumprir o protocolo de Quioto.




Se for prosseguida uma estratégia e uma política energética, com base nos princípios acima enunciados e garantindo o investimento necessário à sua implementação, Portugal ganhará do ponto de vista económico, ambiental e social e consequentemente estaremos a dar um passo determinante para a promoção do desenvolvimento sustentável em Portugal.

Face às propostas, entretanto surgidas, de instalação de uma central nuclear em Portugal, importa referir o seguinte: as necessidade energéticas no país não justificam a construção de uma centra nuclear – uma central nuclear não garantiria a sua sustentabilidade e rentabilidade apenas com as necessidades energéticas de Portugal; para além disso, a nossa dependência do petróleo situa-se maioritariamente no sector dos transportes, questão que uma central nuclear não viria resolver, o que significaria que acrescentaríamos um problema sobre outro problema; para além disso aumentaríamos a nossa dependência do exterior, dado que necessitaríamos de urânio, e mais uma vez acrescentaríamos um problema ao país; por outro lado, todos conhecemos os riscos associados ao nuclear e em termos de segurança estaríamos a colocar uma “bomba” no país sem qualquer necessidade, não apenas decorrente dos resíduos radioactivos produzidos, como também pelo facto de sermos um país com um risco sismíco considerável, como até do ponto de vista do foco de atenções para actos terroristas. Esta proposta de construção de uma central nuclear em Portugal, não representa mais do que um desejo de investimento do poder económico, que em nada, mas em nada mesmo, beneficiaria o país, as populações e o interesse público em geral.

É por isso que “Os Verdes” são veementemente contra a hipótese, por mais remota que possa parecer, de construção de uma central nuclear em Portugal.






fontes:www.ibm.com






Monday, June 04, 2007

Preservar o ambiente depende de Nós



O homem é o ser vivo que mais interfere com o meio que o rodeia, adaptando-o às suas necessidades, e assenta a sua economia na gestão dos recursos energéticos.
O aproveitamento que o homem faz da energia comporta um impacto significativo no meio que o rodeia. A construção de um pequeno açude ou de uma grande represa; de um moinho de vento ou de um parque eólico; implica sempre uma transformação do meio e um significativo impacto ambiental.

O actual modelo energético, baseado na queima de combustíveis fósseis e na energia nuclear, é insustentável. Este sistema baseado nas energias não renováveis acarreta uma série de problemas de difícil resolução: a contaminação ambiental; a dependência do exterior por parte dos países não produtores de energias fósseis; o esgotar, num período relativamente curto, das reservas mundiais de petróleo, carvão e gás natural, ou ainda a produção de resíduos radioactivos e a possibilidade de acidentes nucleares.

A sociedade actual utiliza a energia como se não existissem limites. Neste sentido, um dos maiores problemas ambientais que o planeta enfrenta são as alterações climáticas. O primeiro passo dado pela comunidade internacional consistiu em assumir um compromisso de redução das emissões de gases com efeito de estufa através da rectificação do Protocolo de Quioto.

Mas apesar da sua importância, o cumprimento do Protocolo de Quioto não é obviamente a solução que porá fim a todos os problemas: refira-se que ¾ das emissões de CO2, enviadas para a atmosfera, são devidas à queima de combustíveis fósseis. Assim, uma alternativa ao modelo actual consiste em promover o uso das energias renováveis e, obviamente, pressupõe que se abandonem hábitos de consumo incorrectos, privilegiando a eficiência energética e a utilização racional da energia.

Os nossos hábitos diários, no que se refere ao consumo da energia, reflectem-se directa ou indirectamente no meio que nos rodeia (esgotar os recursos; incrementar a produção de resíduos, etc.). É importante que tenhamos consciência deste facto e que urgentemente adquiramos hábitos mais amigos do ambiente.

O Que é a Energia?






Um pouco de história...






A história da humanidade confunde-se com a história da energia, uma vez que a primeira forma de energia utilizada pelo homem foi a do seu próprio corpo na luta pela sobrevivência num mundo onde somente os fortes sobreviviam.



A história da energia começa na pré-história quando os homens das cavernas descobriram as utilidades do fogo para a sua alimentação e protecção. Inicialmente, quando um raio incendiava a vegetação, o homem apanhava as madeiras em chamas e levava-as consigo, tentado prolongar o mais possível o período de tempo em que estas se mantinham acesas, já que ainda desconheciam a forma de fazer o fogo.



Com a descoberta do homem pré-histórico de como fazer fogo, com o atrito de pedras e madeiras, onde as fagulhas incendiavam a palha seca, começou então o domínio do homem sobre a produção de energia em seu benefício, como cozer os alimentos, aquecer as noites frias, iluminar e afastar os animais e outros grupos inimigos. Mais tarde ele usaria o fogo para fundir os minerais e forjar as armas e ferramentas de trabalho, assim como utilizar o fogo para dar resistência às peças cerâmicas que produziam.



A energia dos ventos teve papel primordial no desenvolvimento da humanidade, uma vez que tornou possível aos navegadores europeus fazerem grandes descobertas, aventurando-se nas suas caravelas movidas pela força dos ventos para navegarem pelos mares, descobrindo e colonizando novos continentes. Esta também teve grande importância na transformação dos produtos primários através dos moinhos de vento que foram um dos primeiros processos industriais desenvolvidos pelo homem.



Contudo, o grande marco da utilização da energia pelo homem teve lugar durante o século XVIII, com a invenção da Máquina a Vapor, que deu início à era da Revolução Industrial na Europa, marcando definitivamente o uso e a importância da energia nos tempos modernos. As invenções da Locomotiva e dos teares mecânicos foram umas das primeiras aplicações para o uso da energia das máquinas a vapor, em seguida vieram muitas outras como os navios movidos a vapor que contribuíram significativamente para o desenvolvimento do comércio mundial.



Na 2ª metade do século XIX inicia-se a utilização das novas fontes de energia – petróleo e electricidade – que seriam as responsáveis pelo grande salto no desenvolvimento da humanidade. Hoje em dia, e em virtude das mudanças operadas, o homem alcançou feitos imensuráveis, e pode ambicionar alcançar muito mais.












A Energia é...



…um recurso imprescindível para que possa existir vida no nosso planeta. Precisamos da energia para nos movermos, para comunicarmos, para assegurar a iluminação e o conforto térmico nas nossas casas, etc.Qualquer acção que implique, por exemplo, movimento, uma variação de temperatura ou a transmissão de ondas, pressupõe a presença da energia. Assim, podemos defini-la como uma propriedade de todo o corpo ou sistema, graças à qual, a sua situação ou estado podem ser alterados ou, em alternativa, podem actuar sobre outros corpos ou sistemas desencadeando nestes últimos processos de transformação. Esta propriedade manifesta-se através das diferentes formas de energia que conhecemos (ex. química, nuclear, mecânica, térmica, etc).















Saturday, May 12, 2007

Relatório da actividade laboratorial

No passado dia 26 de Abril foi realizada uma aula laboratorial de geologia, que se centrou nas rochas sedimentares e magmáticas.
Durante a aula os alunos tiveram que responder a seis actividades diferentes com a ajuda de microscópios petrográficos e de computadores portáteis.

Resposta as actividades:


Actividade 1 - Minerais e as suas propriedades
1.1.1. Quartzo.
1.2. Mineral alocromático, porque o mesmo mineral pode apresentar várias cores.

2.2.1. O mineral da esquerda tem um brilho não metálico, logo é um mineral transparente. O mineral da direita tem um brilho sub-metálico, parecido mas menos intenso que o metálico.

3.3.1. Pirite.
3.2. Mineral idiocromático, pois apresenta cor constante.
3.3. Brilho metálico, semelhante ao observado nos metais polidos.

4.4.1. O quartzo, risca a calcite, mas a calcite não risca o quartzo. Então podemos concluir que o quartzo tem uma dureza superior à dureza da calcite. Através da escala de Mohs concluímos que o quartzo tem uma dureza de 7 e a calcite de 3.
4.2. Riscamos o quartzo com a calcite e verificamos que esta foi riscada e riscamos a calcite com quartzo e verificamos que esta não foi riscada. Sendo assim, o quartzo é mais duro que a calcite, como verificamos na questão anterior.

5.5.1. Em ambientes diferentes.



Actividade 2 - Rochas sedimentares
1.1.1.A- Detrítica, brecha;B- Quimiogénica, estalagtite;C- Biogénica, antracite;D- Detritica, argilito;E- Detritica, areias basálticas;F- Quimiogénica, salgema;G- Quimiogénica, traventino;H- Biogénica, calcário biogénico.

2.2.1.A- Carvão betuminoso;B- Antracite;C- Turfa;D- Lignite.
2.2. C,A,D,B.



Actividade 3 - Fósseis
1.1.A- Moldagem externa;B- Moldagem por impressão;C- Mineralização;D- Moldagem interna;E- Mineralização;F- Moldagem interna;G- Moldagem por impressão de folhas.



Actividade 4 - Rochas magmáticas
1.1.1.A- Olivinas e plagiocláses cálcicas.
1.2. O basalto A possui uma textura agranular em que as dimensões dos cristais têm 1mm ou mais de diâmetro. Isto acontece porque, durante o arrefeciemnto lentodo magma, a matéria organiza-se formando cristais relativamente desenvolvidos e visíveia a olho nú. O baalto B possui uma textura granular em que a maioria dos cristais têm dimensões microscópicas, podendo mesmo existir pequenas porções de uma espécie de vidro em que os átomos não se organizam em minerais individualizados. Assim o aspecto macroscópico da rocha é mais ou menos homogéneo.

2.2.1. No mineral A temos feldspatos, micas brancas (moscovite) e quartzo. No minera B temos quartzo, feldspato e micas pretas (biotite).
2.2. O mineral A é leucocrata, porque possui tons claros e é rica em minerais félsicos. O mineral B é mesocrata, porque tem cor intermédia e tem equilibrio quanto á quantidade de minerais felsicos e mesocratas.

3.3.1. A- Arenito.B- Basalto.
3.2. A- Intrusiva, textura granular.B- Extrusiva, textura agranular.



Actividade 5 - Minerais das rochas magmáticas
1. 1.1. Ortóclase; quartzo; moscovite; biotite.
1.2. Felsicos – quartzo, moscovite e ortóclase. Máficos - biotite



Actividade 6 - Cartas geológicas
1. 1.1. Rochas sedimentares - Norte. Rochas magmáticas - Centro e Sul. Rochas metamórficas - Évora, Beja e Bragança.
1.2. rochas sedimentares: Granitos biotiticos porfiróides; Granitos monzoniticos porfiróides.



Termino assim o relatório sobre esta actividade.

Friday, March 23, 2007

Rochas ígneas ou magmáticas



As rochas ígneas ou magmáticas são geradas no interior da Terra, no manto ou crosta terrestre e podem, de maneira geral, ser classificadas sob dois critérios: texturais e mineralógicos.


O primeiro deles é especialmente útil na identificação do ambiente onde a rocha se cristalizou. Assim, as lavas de um vulcão solidificam-se rapidamente na superfície terrestre e, portanto, desenvolvem texturas onde há presença frequente de vidro e proporção variada de cristais, ou então revelam o movimento das lavas na superfície. Estas texturas são então características de rochas que se solidificaram a partir de um magma quente que extravasou na superfície, constituindo um grupo de rochas denominadas efusivas ou vulcânicas. Por outro lado, as rochas que se cristalizam em profundidade perdem calor de forma muito lenta e desenvolvem cristais bem formados, normalmente de grandes dimensões (rochas holocristalinas) e são chamadas de rochas plutônicas. Além disso, existem rochas que foram geradas em profundidade e se cristalizaram em ambientes mais rasos sem, entretanto, extravasar na superfície terrestre. São chamadas de hipoabissais, e mostram texturas intermediárias em relação à plutônicas e efusivas.A classificação baseada na mineralogia da rocha é fundamentada na proporção entre seus minerais principais, que podem ser agrupados em dois tipos: félsicos (minerais claros e leves: quartzo, feldspato potássico, plagioclásio, feldspatódides, etc) e máficos (minerais escuros e densos: micas, anfibólios, piroxênios, minerais opacos e acessórios como epidoto, alanita, granada, carbonatos primários, etc). Desta forma, são utilizados diagramas classificatórios, sendo o Q-A-P-F usado para rochas com menos de 90% de minerais máficos.




Estrutura Magmática: Correspondem às feições globais ostentadas pelas rochas sem levar em consideração a natureza de seus consitituíntes mineralógicos. As estruturas refletem as condições nas quais ocorreu a consolidação de magmas e lavas.Nas rochas efusivas, as estruturas refletem as principais características da consolidação das lavas, dadas por um rápido resfriamento, escape de gases e movimentação.Nas rochas plutônicas, dado que a consolidação dos magmas ocorre à profundidades relativamente grandes, a preservação das estruturas é restrita, via de regra, às partes marginais da intrusão, onde o resfriamento é mais rápido e os movimentos diferenciais em relação às rochas encaixantes mais intensos.As principais estruturas estão ligadas ao resfriamento, à movimentação do magma e às variações locais nas condições de cristalização.




Texturas Magmáticas: São as feições de uma rocha determinadas pela análise global das principais características de seus minerais constituintes ( formas, dimensões, estrutura interna, etc.), bem como das relações que estes guardam entre si.




Grau de cristalinidade: Define-se como grau de cristalinidade a proporção entre o material cristalino e vítreo de uma rocha.




Grau de visibilidade: O grau de visibilidade indica a fração cristalina de uma rocha visível com a vista desarmada.




Tamanho dos cristais: De acordo com o tamanho dos cristais, as rochas magmáticas se classificam, quanto a granulação, em:


Gigantes
Cristais com mais de 10 cm;
Muito grossa
Cristais entre 3 à 10 cm;
Grossa
Cristais entre 1 à 3 cm;
Média
Cristais entre 1 à 10 mm;
Fina
Cristais entre 0,1 à 1 mm;
Densa
Cristais entre 0,009 à 0,1 mm;
Vítrea
Sem cristais (material vítreo).





fontes: www.wikipedia.pt e www.dct.uminhopt

Vida em Marte

Marte tem um lugar especial na imaginação popular devido à crença de que o planeta é ou foi habitado no passado. Esta ideia surgiu devido a observações realizadas no fim do século XIX por Percival Lowell. Percival Lowell observava canais e áreas que mudavam de tonalidade com as estações do ano e imaginou Marte habitado por uma civilização antiga que lutava para não morrer de sede. De facto, o que Lowell observou ou não existia ou eram leitos secos ou mudanças naturais na coloração do planeta devido a tempestades de areia.
Existem evidências que o planeta terá sido significativamente mais habitável no passado que nos dias de hoje, mas a existência de que tenha albergado vida permanece em debate. O meteorito ALH84001 que é um meteorito de origem marciana com 15 mil milhões de anos, crê-se que terá sido projectado quando Marte foi atingido por um meteorito, microorganismos marcianos ter-se-ão agarrado e vagueou durante 5 milhões de anos pelo cosmos até cair na Antártida, na Terra, onde foi descoberto. Em 1996, pesquisadores estudaram o meteorito ALH84001 e reportaram características que atribuíram a micro-fósseis deixados pela vida em Marte. O meteorito tido como a prova para alguns cientistas que Marte tinha actividade biológica no passado já que contem o que parecem ser fósseis de microrganismos. Em 2005, esta interpretação permanece controversa sem que um consenso tenha sido atingido.
As sondas Viking continham dispositivos capazes de detectar microrganismos no solo marciano, e tiveram alguns resultados positivos, mais tarde negados por vários cientistas, resultando numa controvérsia que permanece. Contudo, a actividade biológica no presente é uma das explicações que têm sido sugeridas para a presença de vestígios de metano na atmosfera marciana, mas outras explicações que não envolvem necessariamente seres vivos são consideradas mais prováveis. Mesmo que as sondas Viking não tenham encontrado provas conclusivas não significa que não exista vida em Marte. A vida pode estar escondida na superfície ou no subsolo.
O clima seco e frio de Marte torna o planeta inóspito à Vida. Mas talvez não totalmente. Uma história impressionante durante as missões Apollo à Lua forneceram evidências de que a vida pode mesmo resistir a condições ainda adversas. Os astronautas descobriram que bactérias da Terra que tinham viajado para a Lua na sonda Survior X dois anos e meio antes tinham resistido num ambiente mais hostil que o encontrado em Marte.
A descoberta de vida, ou simplesmente de fósseis de uma vida desaparecida no planeta seria um dos maiores acontecimentos de todos os tempos. A exploração de Marte pelo Homem deverá acontecer perto do ano 2020, levados por uma viagem de 3 a 9 meses. Caso a colonização espacial venha a acontecer, Marte é a escolha ideal pelas suas condições mais próximas à Terra que outros planetas e deverá ser um destino ideal para o aventureiro do futuro devido aos seus enormes vulcões, desfiladeiros imensos e mistérios por resolver.

Marte

Geologia planetária
A ciência que estuda Marte é a areologia (de Ares, o deus grego da guerra). Em comparação com o globo terrestre: Marte tem 53% do diâmetro, 28% da superfície e 11% da massa; é assim um mundo bem menor que a Terra. Como os oceanos cobrem cerca de 71% da superfície terrestre e Marte carece de mares, as terras de ambos os mundos têm aproximadamente a mesma superfície.
A composição da superfície é fundamentalmente de basalto vulcânico com um alto conteúdo em óxidos de ferro que proporcionam o vermelho característico da superfície. Pela sua natureza, assemelha-se com a limonite, óxido de ferro muito hidratado. Assim como na crosta da Terra e da Lua predominam os silicatos e os aluminatos, no solo de Marte são preponderantes os ferrosilicatos. Os seus três principais constituintes são, por ordem de abundância, o oxigénio, o silício e o ferro.
Observações feitas ao campo magnético de Marte pela sonda Mars Global Surveyor relevaram que partes da crosta do planeta tem sido magnetizada em bandas alternativas, tipicamente medindo 160 km por 1000 km, num padrão semelhante ao encontrado no fundo dos oceanos da Terra. Uma teoria publicada em 1999 refere que estas bandas podem ser a evidência de uma operação passada de placas tectónicas em Marte, contudo isto ainda não foi comprovado. A ser verdade, os processos envolvidos podem ter ajudado a manter uma atmosfera semelhante á da Terra através do transporte de rochas ricas em carbono para a superfície, enquanto que a presença de um campo magnético protegeria o planeta de radiação cósmica. Outras explicações foram também propostas.
Marte é formado por rocha sólida, embora o núcleo seja constituído por rocha e ferro fundido. Assim deverá ter um grande núcleo de Ferro. Marte tem um campo magnético menor que o da lua Ganímedes de Júpiter e é, apenas, 2% do campo magnético da Terra.


Os vulcões gigantescos
Os vulcões em Marte são divididos em três tipos: "Montes", "Tholis" e "Paterae".
Os "Montes" (singular "mons") são muito grandes, provavelmente basálticos e de leves inclinações. Os "Tholis" (singular "Tholus") ou abóbadas são menores e mais íngremes que os montes, com um aspecto abobadado. Os vulcões "Paterae" (singular "patera") são muito variados; com inclinações muito rasas e caldeiras complexas; muitos têm ainda canais radiais nos flancos.
Olympus Mons (Monte Olímpo) é um vulcão extinto com 27 km de altura, 600 quilómetros de diâmetro na base e uma caldeira de 60 quilómetros de largura. Assim, é a maior montanha do sistema solar e é mais de três vezes maior que o monte Evereste (8848 m) e tem mais de 13 vezes a altura da Serra da Estrela (2000 m). O vulcão extinguiu-se há um milhão de anos atrás e encontra-se numa vasta região alta chamada Tharsis que com Elysium Planitia contém vários vulcões gigantescos, que são cerca de 100 vezes maiores que aqueles encontrados na Terra.
Um dos maiores vulcões, Arsia Mons tem os lados ligeiramente inclinados, construídos sucessivamente por fluidos de lava de uma única abertura. Arsia Mons é o vulcão mais a sul em Tharsis e tem cerca de 9 km de altura e a sua caldeira tem 110 km, a maior cadeira entre os vulcões marcianos. A norte deste vulcão, situa-se o vulcão Pavoris Mons (7 km de altura), e a norte desse encontra-se Ascraeus Mons que tem mais de 11 km de altura. Ascraeus, Pavonis e Arsia formam um grupo de vulcões conhecidos como Tharsis Montes que se encontram a sudeste de Olympus Mons.
Conforme os resultados da Mars Express, o vulcão Hecates Tholus terá tido uma grande erupção há cerca de 350 milhões de anos atrás. Este vulcão localiza-se em Elysium Planitia e tem um diâmetro de 183 km; a erupção criou uma caldeira e duas depressões aparentemente cheias de depósitos glaciais, incluindo gelo. Hecates Tholus é o vulcão mais a norte de Elysium; os outros são Elysium Mons e Albor Tholus. O pico da actividade vulcânica em Marte terá sido há cerca de 1500 milhões de anos atrás.
As imagens da Mars Express mostraram também o que parecem ser cones vulcânicos na região do pólo Norte sem nenhuma cratera à volta, o que sugere que tiveram erupção muito recente, o que levou alguns cientistas a acreditar que o planeta poderá ainda ser geologicamente activo. Poderão existir entre 50 a 100 destes cones com 300 a 600 metros de altura cobrindo uma região do pólo Norte com um milhão de quilómetros quadrados; parte da região de Tharsis também tem características semelhantes. Estes aspectos na superfície podem ter sido o resultado de antigas elevações que tenham sofrido erosão pelo vento, mas julga-se que isto é pouco provável devido à inexistência de crateras e aspectos originados pelo vento naquela região.
Alba Patera é uma vulcão único em Marte e no sistema solar, localiza-se a norte de Tharsis, numa região de falhas que surge em Tharsis e se estende para norte. Alba Patera é muito grande com mais de 1600 km de diâmetro, tem uma caldeira central, mas tem uma altura de apenas 3 km, no seu ponto mais alto. Possui canais nos flancos, e a maioria deles têm 100 km de comprimento, alguns chegam a ter 300 km, sugerindo que a lava fluiu por longos períodos de tempo.
No entanto, os vulcões marcianos são pouco numerosos, mas são testemunhas do passado violento e vulcânico daquela zona, mas são largamente maiores que a maior montanha de origem vulcânica na Terra: o Kilimanjaro (5895 m) em África. As áreas vulcânicas ocupam cerca de 10 porcento da superfície do planeta. Algumas crateras mostram sinais de erupção recente e têm lava petrificada nos cantos.

Crateras

No hemisfério Sul existe um velho planalto de lava basáltica semelhantes aos «mares» da Lua, e coberta por crateras do tipo lunar. No entanto, a paisagem marciana difere da nossa lua, devido à existência de uma atmosfera. Em particular, o vento carregado de poeira foi produzindo um efeito de erosão ao longo do tempo, e que arrasou muitas crateras, apesar de ainda conter um número considerável. Assim, por conseguinte, existem muito menos crateras que na Lua, apesar de se situar mais perto da cintura de asteróides. A maior parte das crateras que resistiram estão mais ou menos devastadas pela erosão. Muitas das crateras mais recentes têm uma morfologia que sugere que a superfície estava húmida quando ocorreu o impacto.
Grande parte destas crateras localizam-se no hemisfério sul. A maior é Hellas Planitia nesse hemisfério, tem 6km de profundidade e 2000 km de diâmetro e está coberta por areia alaranjada e é tratada como uma planície tal como outras enormes crateras antigas e planas.
Algumas crateras menores têm nomes de cidades e vilas da Terra, como por exemplo: a crateras Aveiro e Lisboa com nomes de cidades portuguesas, a cratera Mafra, Caxias e Viana com nomes de cidades brasileiras, e as crateras Longa e Santaca em honra de localidades em Angola e Moçambique, respectivamente. Em Marte, as crateras de maior dimensão são dedicadas a personalidades, assim a cratera Schiaparelli é a maior cratera (se desconceituarmos as crateras grandes e antigas) com 471 km de diâmetro. No hemisfério sul, a cratera Magalhães é uma cratera de dimensão considerável com 105 km de diâmetro e dedicada ao navegador português Fernão de Magalhães.


A atmosfera e o clima

A atmosfera marciana é uma atmosfera rarefeita de dióxido de carbono, mas no passado teria sido abundante. Apesar disto, Marte apresenta muitas particularidades curiosas, como neve carbônica, calotas polares de gelo seco, tempestades de poeira e redemoinhos.
Ao contrário do céu azul da Terra, Marte tem um céu amarelo-acastanhado, excepto durante o nascer e o pôr-do-sol que toma uma cor rosa e vermelha. Se a atmosfera fosse limpa de poeira, o céu de Marte seria tão azul como o da Terra. Em alturas que há menos poeira, a cor do céu é então mais próxima ao azul da Terra.
Auroras acontecem em Marte, mas não acontecem nos pólos como na Terra, isto é devido à inexistência em Marte de um campo magnético global. Assim, estas acontecem onde existem anomalias magnéticas na crosta marciana, que são restos dos dias nos quais Marte tinha um campo magnético. Assim, estas auroras são diferentes das observadas no resto do sistema solar.


Composição

A pressão atmosférica na superfície é de cerca 750 pascais, cerca de 0,75 porcento da média da Terra. Contudo, a pressão atmosférica varia ao longo do ano devido à dissipação durante o Verão do dióxido de carbono congelado nos pólos, tornando a atmosfera mais densa. Além disso, a atmosfera tem 11 km de altura, maior que os 6 km da Terra. A atmosfera marciana é composta por 95 porcento dióxido de carbono, 3 porcento azoto/ nitrogênio, 1,6 por cento Árgon, e possui vestígios de oxigénio e vapor de água.
Em
2003, descobriu-se metano na atmosfera, com uma concentração de cerca 11±4 ppb por volume. A presença do metano em Marte é muito intrigante, já que é um gás instável e indica que há (ou existiu nos últimos cem anos) uma fonte do gás no planeta. A actividade vulcânica, impacto de cometas e a existência de vida na forma de microrganismos estão entre as possibilidades ainda não comprovadas. O metano aparece em certos pontos da atmosfera, o que sugere que é rapidamente quebrado, logo poderá estar a ser constantemente libertado para a atmosfera, antes que se distribua uniformemente pela atmosfera. Foram feitos planos recentemente para procurar gases "companheiros" que podem sugerir as fontes mais prováveis; a produção biológica de metano na Terra tende a ser acompanhada por etano, enquanto que a produção vulcânica tende a ser acompanhada por dióxido de enxofre.

As estações do ano

Marte tem estações do ano, mas estas duram o dobro das estações na Terra; o ano marciano é também o dobro do terrestre (cerca de 1 ano e 11 meses terrestres). Mas a duração do dia em Marte é pouco diferente do da Terra e é de 24 horas, 39 minutos e 35 segundos.
A fina atmosfera não consegue segurar o calor e é a causa das baixas temperaturas em Marte, sendo 20 graus positivos a temperatura mais alta que atinge. Contudo, não existem dados suficientes que permitam conhecer a evolução ao longo do ano marciano nas diferentes latitudes e, muito menos, as particularidades regionais. Além de se encontrar mais afastado do Sol que a Terra e da sua atmosfera ser ténue, há a notar a baixa condutividade térmica do solo marciano e uma diferença mais pronunciada que a Terra no que toca à variação das temperaturas diurna e nocturna.
A temperatura à superfície depende da latitude e apresenta variações entre as diferentes estações do ano. A temperatura média à superfície é de cerca de -55º C. A variação da temperatura durante o dia é muito elevada já que se trata de uma atmosfera bastante ténue.
No Verão em Marte, a temperatura média atinge os -36 graus antes do nascer do dia. Pela tarde, atinge os -31 graus, por vezes a média pode chegar aos -4,5 graus e são raras as temperaturas superiores a zero graus, mas que podem alcançar os 20 ºC ou mais no equador. No entanto, a temperatura mínima pode descer até aos 80 graus negativos. No Inverno, as temperaturas descem até aos -130 graus nos pólos e chega mesmo a nevar. Mas trata-se de neve carbónica, já que o carbono é o principal constituinte da atmosfera. A temperatura mais baixa registada em Marte foi de -187 graus e a mais alta, em pleno verão e quando o planeta se encontrava mais próximo do Sol, foi de 27ºC.

Tempestades de areia
Apesar da atmosfera ténue, formam-se manchas de nuvens e nevoeiro e ventos intensos varrem poeiras, tornando o céu rosado. Essa poeira residual na atmosfera tornava grandes partes escuras, que se pensava serem vegetação e intrigou os astrónomos durante mais de um século. Ocasionalmente e de forma repentina, todo o planeta é submergido por uma tempestade maciça de poeira que pode persistir durante semanas ou até meses. Estas tempestades são mais frequentes durante o perélio da órbita do planeta e no hemisfério sul, quando ali é final da Primavera, estas tempestades são causadas por ventos na ordem dos 150 km/h. As tempestades têm origem na diferença de energia que o planeta recebe do Sol no afélio e no perélio. Quando Marte se encontra perto do perélio da sua órbita, a temperatura eleva-se no hemisfério Sul no final da Primavera e porque se encontra mais perto do Sol, o solo perde humidade.
Em certas regiões, especialmente entre Noachis e Hellas, desencadeia-se uma tempestade local violenta que arranca do solo seco imponentes massas de poeira. Esta poeira, por ser muito fina, eleva-se a grandes altitudes e, em semanas, cobre o solo todo do hemisfério, ou até mesmo a totalidade do planeta.
A poeira em suspensão na atmosfera causa uma neblina amarela que escurece os aspectos mais marcantes do planeta. Ao tapar o sol, as temperaturas máximas diminuem, mas como é criada uma manta que impede a dissipação do calor, as temperaturas mínimas aumentam. Em consequência, a oscilação térmica diurna diminui de forma drástica. Assim acontece em 1971, as tempestades impossibilitaram durante um certo tempo as observações que deveriam efectuar as duas sondas norte-americanas Mariner e as duas sondas soviéticas Mars que tinham acabado de chegar a Marte.
Redemoinhos de poeira foram primeiramente fotografados pelas sondas Viking na década de 70 do século XX. Em 1997, a Pathfinder detectou um redemoinho. Estes redemoinhos podem ser até cinquenta vezes mais largo e até dez vezes mais altos que os terrestres. O veículo robô Spirit fotografou várias imagens a partir do chão de redemoinhos de poeira.



Fontes: wikipedia




Monday, March 05, 2007

Resumo do trabalho sobre risco geomorfológico e ocupação antrópica



Cheia no douro de 1909, a madrugada em que o Porto acorda com água pelas pestanas



Os escritos dão-nos conta das cheias do Douro de 1256, que atingiram as povoações espanholas de Salamanca, Valladolid e Zamora, os testemunhos orais deixaram ficar na memória as de 1526, que arrastaram pela corrente Vila Nova de Gaia e Peso da Régua, finalmente é pelos jornais que se sabe que foi na madrugada de 1909 que a cidade do Porto acordou com água pelas pestanas.Afinal as aparências iludem e iludem mesmo, que o digam as águas do Douro, sempre tão serenas e quietas, mas que de vez em quando acordam revoltadas, engolindo casas e árvores e arrastando tudo o que lhes aparecer pela frente. Por isso, porque a cheias mexem com a vida das pessoas, há estudos bem detalhados sobre algumas cheias históricas, em virtude do seu impacte, com destaque para a de 1909. Relativamente à cheia de 1526 há algumas referências que permitem considerar aceitáveis os registos existentes. Sabe-se que essa cheia, embora grande, foi inferior à de 1909, ao longo de todo o curso português do Douro.As cheias de 1909 foram também as mais faladas por terem acontecido em vésperas de Natal, época em que se presa muito o estar em casa na companhia da família. Porém, nesse ano negro para as gentes do Porto e arredores, nem houve tempo para pensar no natal, os esforços eram todos para tirar água barrenta das ruas, para encontrar os carregadores de carvão, cujas barcaças se perdiam nas águas altas do Douro... Era o pânico instalado nos comerciantes, nos bacalhoeiros e nos habitantes da zona ribeirinha da cidade, que, no mínimo, andavam de calças arregaçadas e de água pelos joelhos.O Natal de 1909 foi para esquecer, houve gente que enlouqueceu por ter ficado na miséria e quem não encontrou mais remédio do que suicidar-se.









Mar avança e destrói paredão na Costa da Caparica



Durante a madrugada, o mar avançou e destruiu as obras de reposição de pedra, que estão a ser realizadas há algum tempo pelo Instituto da Água, perto do parque de campismo da Costa da Caparica. O Instituto da Água continua, agora, as obras no paredão com pedra maior vinda do exterior, por considerar que o material disponível no local não será suficiente para prevenir marés vivas.



A força do mar galgou o paredão e coloca agora em risco os parques de campismo do Inatel e o Clube de Campismo de Lisboa. As obras continuam, apesar das dificuldades que as máquinas estão a sentir, para aceder às zonas mais críticas, visto que a derrocada de pedras voltou a tapar o caminho que tinha sido criado. Na passada quarta-feira, um dia após as obras terem começado, o presidente do INAG, Orlando Borges garantia que a reposição de pedra, que estava a ser feita, era a mais adequada e que, inclusivamente, «o paredão está mais sólido agora do que antes da sua primeira destruição».·
Segundo o Instituto de Meteorologia, aguardam-se ondas fortes, na ordem dos 4 metros, o que faz com que se antevejam novos problemas de erosão costeira, na Costa de Caparica.


Alto Douro

A paisagem cultural do Alto Douro Vinhateiro, caracterizada pelas suas vertentes acentuadas, pela dureza do xisto e pela escassez da água durante os meses secos é a expressão de uma relação singular com os elementos naturais.
Segundo o projecto de candidatura apresentado à UNESCO, o seu carácter é determinado por uma sábia gestão da escassez de solo e água e pelo elevado declive do terreno.
Neste projecto pretendeu-se, essencialmente, compreender a relação existente entre as técnicas de armação da vinha utilizadas na Região Demarcada do Douro (RDD) e os processos de erosão hídrica dos solos. As técnicas de armação da vinha em vertentes que foram introduzidas nos últimos trinta anos procuraram, por um lado, responder às condições naturais desta região, como por exemplo os fortes declives das vertentes, as características litológicas e os problemas de erosão e, por outro lado, às necessidades do homem, quer de ordem económica, quer com vista à modernização técnica, no sentido de melhorar as condições de trabalho e de rentabilizar os investimentos realizados.
Adaptaram-se e desenvolveram-se dois novos sistemas de implantação de vinha: terraços com taludes de terra (Vinha em Patamares) e a denominada Vinha “ao alto”, igualmente sem paredes.Embora uma observação mais atenta tenha já demonstrado que em declives mais acentuados, ambos funcionam mal, aumentando o risco de erosão hídrica, ravinamentos e de movimentos em massa, experiências de campo realizadas com o intuito de quantificar a erosão nos diferentes sistemas de armação que coexistem actualmente em toda a RDD, permitiram-nos concluir que as vinhas em patamares, por não se encontrarem protegidas, nem por cobertura vegetal nem por uma boa cobertura pedregosa, ficam mais vulneráveis ao impacto da precipitação, apresentando valores de erosão hídrica 51,9 vezes superiores à das vinhas tradicionais. Além disso, a vinha em patamares é também aquela em se observaram mais ravinamentos.Perante a manutenção da tradição e os novos desafios da modernidade, a Região Demarcada do Douro tem de encontrar um rumo. É o futuro da mais singular de todas as paisagens humanizadas de Portugal que está em risco.

“O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. (…) Um poema geológico. A beleza absoluta».
"Todas as vertentes rochosas do Alto Douro Vinhateiro e as partes terminais dos afluentes do rio Douro são potencialmente perigosas", referiu, ao JN, José Gomes dos Santos


Wednesday, February 07, 2007

Espécies introduzidas no nosso país



Existe uma diferença entre as espécies introduzidas, consoante o seu "grau" de adaptação ao meio, podendo estas ser: exóticas ou alóctones (que não são indígenas/autóctones de uma dada área) ou invasoras (que também não são autóctones dum determinado sítio, mas que dada a sua proliferação descontrolada, atingem as proporções de praga).
A maior causa de introdução de novas espécies é a intervenção humana, visto que por ela muitas das espécies actualmente existentes apresentam uma área de distribuição que não foi a determinada inicialmente.

Para este trabalho escolhi a:


Accacia melanoxila (acácia ou mais conhecida por mimosa)

Esta espécies de Acácia, uma árvore também muito conhecida por mimosa, que está presente um pouco por todo o lado apresentando umas pequenas flores amarelas com um perfume muito agradável. As suas flores fazem lembrar um cacho, com pequenos globos amarelos lustroso, muito aromáticos, sendo uma árvore que tolera bem a secura.




Existem muitas outras espécies de Acácia, também elas significativas. Esta espécie é nativa das florestas tropicais do Sudeste da Austrália e da Tasmânia. No entanto, tem sido disseminada pelo resto do globo, sobretudo devido ao seu valor ornamental e ao valor da sua madeira negra.




Foi introduzida em Portugal, pelos Serviços Florestais, cerca do século XIX, nas Zonas do Litoral Português e em Parques Naturais.


Neste momento é considerada uma praga, pois está bastante generalizada por todo o nosso país.


Esta espécie produz elevadas proporções de sementes e, entre Dezembro e Março, a população pode recrutar elevados números de indivíduos com a germinação das sementes. Estas sementes podem manter-se viáveis até Agosto/Setembro, caso não germinem antes. Também recorre à germinação vegetativa a partir de rebentos de raízes expostas ou a partir das toiças. A acácia rebenta abundantemente a partir das raízes.




Nas zonas próximas do mar, foi introduzida com o objectivo de consolidar e estabilizar dunas, e nos Parques Naturais a causa de introdução foi ser sebe de protecção das culturas. Estas causas de introdução devem ser as únicas vantagens de se inserir este tipo de espécies num certo meio, já que a sua expansão causa a perda de diversidade florestal dos ecossistemas e é responsável pela monotonia estrutural destes, o que faz com que a riqueza natural seja reduzida e se origine um acentuado desequilíbrio ecológico. Posso ainda salientar que, a infestação de acácias é maior junto às estradas, caminhos e terrenos de culturas, e em zonas que foram anteriormente atingidas pelo fogo, de tal modo que não é estranho encontrá-las em qualquer lado.
É uma invasora muito difícil de controlar, não só por a sua propagação ser estimulada pelo fogo, altura em que destrói as outras espécies, mas também porque reage muito bem a outros distúrbios.




Desta forma, a queima não é uma solução para o controlo das acácias, e o mesmo se aplica ao corte, porque volta a rebentar utilizando a reprodução vegetativa. É bastante tolerante à sombra, mas a promoção de sombra com outras espécies pode ser uma solução a médio prazo.


Quanto aos meios de luta para combater esta espécie, podem ser o corte das árvores, no entanto, e apesar deste meio já ter sido testado, a melhor hipótese parece ser evitar a sua plantação. Mas mesmo assim, não deixa de ser uma medida um pouco utópica, já que a espécie se auto-propaga em larga escala e "não olha" a meios para se expandir.

Que medidas já foram ou estão a ser tomadas?

Até 1999 a legislação nacional relativa à introdução na Natureza de espécies da flora e da fauna era insuficiente e muito fragmentada. Por exemplo, foi elaborado um Decreto-Lei para regulamentar a introdução de Jacinto Aquático em Portugal em 1974 que não teve qualquer resultado. Isto porque não existia fiscalização e as pessoas que as distribuíam a planta não sabiam da existência de tal decreto. Muitas vezes são os próprios nomes taxonómicos das espécies que estão errados, o que leva a que as pessoas não tenham conhecimento das espécies que introduzem.
Contudo e apesar de já ser um bom começo, este decreto admite ainda algumas lacunas.. É baseado e foi pesquisado em obras com mais de 16 anos, o que indica que alguns taxons podem já estar desactualizados.

Muitas vezes, na praia ou mesmo em jardins foram observados espécies que nos parecem ser muito bonitas, mas causam graves danos no ecossistema e impedem o desenvolvimento das espécies autóctones.
Assim sendo, a perda de biodiversidade é, em grande parte, devida à introdução de espécies exóticas, pois as espécies nativas competem com as introduzidas, somente sobrevivendo as mais aptas.
Taxonomia
A Acácia-Austrália (Acacia melanoxylon), é uma angiospérmica, dicotiledónea, nativa da Austrália e da Tasmânia. Pertence à Ordem das Rosales, Família das Fabaceae (Leguminoseae). É uma mimosa do Género Acacia.